quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jornalismo online superestimado?

O fundador e editor do site Americano Theme Park Insider, Robert Niles, é o responsável em prover uma cobertura da industria de entretenimento por mais de uma década, além de estabelecer um modelo para a prática do jornalismo online. Niles conduz um treinamento na publicação virtual e reporta métodos para o Knight Digital Media Center, WAN-IFRA e a Association of Capitol Reporters and Editors.


No site “The Online Journal Review”, Niles desenvolveu um texto com conselhos para estudantes de jornalismo. Por exemplo, ele fala que é um erro achar que a faculdade de jornalismo vai ajudar a preparar para a carreira, porque na verdade a carreira do estudante já começou, a partir do momento em que se posta um comentário, uma foto ou um status em mídias sociais. Eu, particularmente acho isso um equívoco, e de certa forma menospreza um pouco a profissão. Acredito que jornalismo é quando desenvolvemos fatos em notícias, e não simplesmente citações ou comentários via web. Mas claro que um complementa o outro.

Outra dica que Niles fornece é que a audiência equivale poder para quem está procurando emprego no jornalismo. Ele diz que muitos professores não passam isso aos alunos porque eles começaram suas carreiras com outro modelo, onde a popularidade não tinha tanta importância no início da carreira. Eu acho que ele até tem razão, mas até certo ponto. A popularidade é importante no sentido de ter habilidade para fazer contato, ou mais conhecido como “networking”. Quem consegue isso, de fato, vai longe. Mas quantos blogueiros não vemos por aí que tem uma audiência incrível, mas que na hora de fazer uma matéria mais consistente não consegue desenvolver tão bem? Audiência não significa qualidade, pelo menos para mim.

A terceira dica de Robert Niles é justamente essa que mencionei do “networking”. Nesse caso eu concordo plenamente. Nossa geração é totalmente voltada para laços, mesmo que superficiais, via facebook, twitter, youtube ou qualquer outra mídia social. É legal adicionarmos e comentarmos em páginas de quem admiramos profissionalmente. Ele fala ainda para darmos um toque pessoal para nossas páginas, já que nossas páginas são nossa marca.

Para fechar, ele fornece duas últimas dicas: desenvolver trabalhos que envolvam paixão – ter sempre algo de valioso para dizer, ou no modo em que se diz algo – e se conduzir como jornalismo a todo momento – já que, para ele, qualquer momento em que você posta online, você está publicando algo que reflete sua “marca”. Acho importante essa questão de construir uma marca, mas também não é o primordial. Não adianta ser popular, sem ser um bom jornalista.

3 comentários:

  1. é julia..concordo com tudo o que você disse.. as vezes esses caras exageram nos comentários

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  2. Da uma olhadinha no meu post Jornalistas na rede. Que tipo de jornalismo será fisgado?

    http://antesdecasarsara.blogspot.com/2010/09/jornalistas-na-rede-que-tipo-de.html

    Essa discussão em torno do diploma é tão mesquinha! Qualificação do jornalismo deveria ser regra quando se pensa em vender conteúdo na net.

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  3. Adorei seus comentários, Julia! Concordei mais com você do que com o Niles haha

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